Esta Zona Intertropical caracteriza-se por ser muito quente e húmida com a passagem permanente de frentes, onde a chuva por vezes é muito intensa e acompanhada por ventos mais ou menos fortes consoante a intensidade da frente. Por vezes ocorrem trovoadas fortes e nestes casos a intensidade do vento aumenta. Quando atravessei esta área a intensidade do vento não ultrapassou os 30 knts, mas também não estive sujeito a trovoadas fortes.
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As frentes sucedem-se |
Naturalmente que a estratégia para passar a Zona Intertropical é de fazê-lo numa longitude em que se possa verificar que esta faixa é mais estreita. O (World Cruising Routes, by Jimmy Cornell) sugere que em novembro/dezembro se atravesse o meridiano 25ºW no paralelo 6ºN.
Outra nota interessante é que após a passagem da Zona Intertropical o vento começa a ser do quadrante sul obrigando a bolinas mais ou menos serradas de acordo com a direção do vento. O facto do vento vir do quadrante sul é o sintoma de que a Zona Intertropical foi passada o que se verifica de imediato pois as frentes começam a rarear cada vez mais e os dias tem mais sol. Se a intenção é ter como destino Salvador, que é o mais habitual para os navegadores de regresso ao Brasil, então é preciso ter cuidado em passar a leste dos penedos de S Paulo. Embora o meu destino fosse o arquipélago de Fernando Noronha, optei por esta mesma estratégia,que se verificou estar correta. Quando fiz o troço entre Fernando Noronha e Recife, estava com receio de apanhar por algum tempo uma corrente NW de acordo com o que os pilots para Dezembro indicam, mas tive a informação de um pescador que a 15 Ml a W de Fernando Noronha a corrente já era Sul, o que se verificou correto.
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No mar de sargaços |
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A rota prevista e executada na Zona Intertropical
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